Aprendizagem
O caso de disrupção do mercado que levou a Kodak a pedir a proteção de quebra em 2012, para reestruturar suas dívidas e continuar operando, é reconhecido e estudado em todo o mundo.
É difícil acreditar que ser uma empresa que liderou a inovação na indústria da fotografia por décadas, tenha sido vítima da disrupção gerada por outros concorrentes menores, tendo tido dados tangíveis da realidade para gerar projeções futuras que teriam mudado a trajetória da história de seus últimos anos.
Em 1888, com o slogan "você aperta o botão, nós fazemos o resto", George Eastman apresentou ao mundo a primeira câmera fotográfica. Ele tornou um processo complicado, fácil de usar e acessível a um mercado de consumidores massivo. O objetivo da Eastman era tornar a fotografia "tão prática quanto o lápis" e, guiada por esse objetivo, a Kodak continuou a trabalhar no desafio de fazer das imagens uma parte da vida cotidiana das pessoas.
Por mais de um século, a Kodak não apenas criou um novo mercado com sua invenção tecnológica, mas também entrou e fez importantes contribuições para a indústria cinematográfica, a preservação e reprodução de documentação com suas fotocopiadoras, revolucionou a indústria editorial com impressoras full-color, e até mesmo a indústria da saúde. O papel da Kodak em imagens de saúde começou menos de um ano depois que Wilhelm Roentgen descobriu as radiografias. Nas décadas seguintes, a tecnologia da Kodak ajudou os profissionais médicos a obter melhores imagens do corpo de seus pacientes.
Então, o que aconteceu?
Quando o engenheiro da empresa Steve Sasson criou a primeira câmera digital em 1975, a Kodak sofreu com o que muitos analistas descrevem como miopia estratégica. O próprio Sasson disse ao The New York Times que a resposta da gerência a sua câmera digital foi "isso é bom, mas não conte ninguém sobre isso".
Clayton Christensen, professor da Harvard Business School e influente pensador de negócios, através de suas pesquisas sobre o fenômeno da disrupção, explica que é um comportamento lógico de pensamento para qualquer bom CEO proteger seus negócios atuais e não buscar iniciativas que poderiam canibalizar seu principal modelo de negócios e sua maior fonte de receita. Quais são as razões por trás desta lógica?
Para se aprofundar nas respostas possíveis, convidamos você a assistir o vídeo a seguir de nosso curso de Empreendedorismo e Inovação Scalabl, no qual Francisco Santolo explica este caso em qual uma grande empresa consolidada enfrenta o dilema da inovação e suas conseqüências.