Francisco Santolo é CEO e fundador da Scalabl®, empresa global de educação executiva e consultoria especializada em Empreendedorismo Disruptivo e Inovação Corporativa que ensina uma nova maneira de fazer negócios.
O paradigma tradicional de pensar e fazer negócios, focado no investimento e aquisição de ativos, com riscos significativos, está se tornando obsoleto; as velhas ferramentas de negócios não resistem mais ao contato com a realidade, cada vez mais volátil, complexa e incerta. Esse é o diagnóstico feito na Scalabl® e ao qual respondem com uma nova lógica que substitui o “saber-tudo” pelo aprendizado contínuo e networking como pilares de uma metodologia transformadora. É o que ensinam nos programas de educação empresarial executiva oferecidos a empreendedores, empresários, profissionais, PMEs e equipes corporativas em já 50 países, apenas 5 anos após sua criação em 2016.
Seu fundador e CEO, o argentino Francisco Santolo (39), foi reconhecido pela Forbes como o “startup hacker” por sua aplicação inovadora de modelos de negócios e pela ousada premissa de que os incentivos do atual ecossistema de startups prejudicam os empreendedores. É professor de pós-graduação e MBA na CEMA University e estudou em cinco das seis melhores universidades de negócios dos Estados Unidos segundo o ranking US News 2022 (Harvard, Stanford, Kellogg, Chicago Booth e MIT). Ele co-fundou e liderou o Conselho de mais de 50 empresas.
A novidade do Scalabl® está no desenvolvimento de uma metodologia para a geração de modelos de negócios sustentáveis ??e escaláveis ??que limitam o investimento inicial e o risco. Como isso é possível?
Santolo afirma que o gatilho para esse desenvolvimento foi sua observação de casos práticos de empreendedores e seu estudo de autores que, apesar de estarem revolucionando o mundo dos negócios com novas teorias sobre empreendedorismo e inovação, não estavam sendo interpretados corretamente, ou sua leitura e aplicação eram parciais ou tendenciosas.
A velha lógica de produção que levou ao surgimento das corporações modernas por volta de 1910, explica Santolo, forjou a crença de que "é preciso dinheiro para começar um negócio", desde então "era preciso muito capital para montar fábricas, para produzir genéricos em larga escala e poder vendê-los em massa a um custo acessível à incipiente classe média”, continua.
Na década de 1970, a Nike desafiou essa lógica ao perceber que poderia focar em branding e design terceirizando sua produção para a Ásia. Com o apoio da bolsa, outras grandes empresas seguiram o exemplo, ignorando que estavam “plantando as sementes da própria destruição”. “Terceirizaram logística, vendas, produção, entre outras operações comerciais”, explica Santolo, “desenvolvendo fornecedores que hoje estão ao alcance de qualquer empreendedor”.
“O avanço das tecnologias e dos meios de produção é tal que, graças à crescente democratização que isso implica, todos poderemos produzir coisas personalizadas a custos marginais decrescentes, desenhadas à medida para grupos limitados de consumidores que têm uma necessidade que não é atendida pelas grandes empresas”, continua. “Hoje a terceirização é uma alternativa disponível para assumir os custos e a estrutura de produção; não é necessário colocar esse capital para montar uma fábrica. A velha lógica, baseada no plano de longo prazo e no investimento na esperança de bons resultados (se tiver sorte, vou bem; se não tiver, vou à falência), não faz mais sentido. As empresas do futuro priorizam a flexibilidade sobre a eficiência.”
Para Santolo, um negócio nada mais é do que a geração e troca repetitiva de valor entre atores que se deve escolher como empreendedor. “A chave é encontrar grupos de atores com dores, problemas, necessidades ou desejos semelhantes, gerar os processos e incentivos para facilitar essa troca e capturar parte do valor gerado”, explica.
“A proposta é muito simples. Trata-se de ouvir com humildade, encontrar um cliente e entender o que ele quer ou o que lhe falta. E na Scalabl® adotamos uma metodologia para fazer isso passo a passo, sem correr riscos desnecessários, desenhando e testando hipóteses, calibrando o modelo, sem se apaixonar pelo nosso produto”, destaca. “É uma mudança radical, embora possa não parecer. Aqueles que têm treinamento ou experiência corporativa em negócios acham muito difícil desaprender, e fazer isso é uma das habilidades do futuro. Em nossos programas e consultorias insisto muito na humildade, o que nos permite aprender com o outro diverso.”
A metodologia Scalabl® ajudou a criar, reformular e fortalecer mais de 500 empresas, e hoje são mais de 2.000 graduados que fizeram seu Curso de Empreendedorismo e Inovação em três idiomas (espanhol, inglês e português) e que compõem a Comunidade Gloabl Scalabl®, uma rede horizontal e colaborativa que já abrange 50 países, incluindo o Uruguai, “um polo de negócios e inovação muito importante” com o qual a Santolo está empenhado em aprofundar os laços. Além disso, é usado com sucesso em empresas multinacionais de prestígio para iniciativas de inovação, agilidade e intraempreendedorismo.
Networking: o combustível da Comunidade Global Scalabl®
“O mais importante é construir bons relacionamentos. É fundamental, é tudo”, enfatiza Santolo. Ele acrescenta que nos programas que lecionam os aspectos relacionais, emocionais e intelectuais são trabalhados em uníssono, e é o primeiro que funciona como combustível para os grupos de alunos que colaboram e trocam ao longo do curso, e também posteriormente, quando são incorporados como membros da comunidade global.